Uma ação em análise no Supremo Tribunal Federal (STF) lançou uma sombra de incerteza sobre o futuro das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) e do ensino especial no Paraná. A ação questiona a constitucionalidade de leis estaduais que asseguram o repasse de recursos financeiros e o suporte institucional vital para o funcionamento dessas instituições, que atendem milhares de pessoas com deficiência em todo o estado.
O cerne da discussão reside na alegação de que a legislação estadual invadiria a competência da União em legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) defende a constitucionalidade das leis, argumentando que elas complementam a atuação federal e garantem o atendimento adequado às necessidades específicas da população paranaense.
O possível impacto da decisão é alarmante. Segundo representantes das APAEs, o fim do apoio financeiro e institucional poderia levar ao fechamento de diversas unidades, comprometendo o acesso à educação e à reabilitação de crianças, jovens e adultos com deficiência. “Estamos apreensivos com essa situação, pois o nosso trabalho depende desse suporte,” declarou Maria Silva, presidente de uma APAE na região de Guarapuava.
A análise da ação no STF ocorre em um momento crucial, em que se discute a inclusão e o direito à educação de qualidade para todos. A decisão terá implicações significativas não apenas para o Paraná, mas para todo o país, podendo servir de precedente para questionamentos semelhantes em outros estados. A comunidade ligada à educação especial acompanha atentamente o desenrolar desse caso.
A expectativa é que o STF leve em consideração o impacto social da sua decisão, ponderando a importância do apoio financeiro e institucional para a manutenção das APAEs e a garantia dos direitos das pessoas com deficiência. A advocacia das APAEs segue atuando para que essa instituição continue a amparar e educar pessoas com deficiência.
Fonte: http://gmaisnoticias.com