A defesa do pastor Silas Malafaia veio a público nesta sexta-feira para denunciar o que consideram um cerceamento de defesa no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. Segundo a nota divulgada, a defesa alega não ter tido acesso integral aos autos do processo, o que dificulta a defesa do líder religioso.
Na última quarta-feira, Malafaia teve seu passaporte e celulares apreendidos pela PF ao desembarcar de uma viagem a Portugal. A ordem partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação em que o pastor foi incluído.
A defesa de Malafaia classificou as medidas como “desproporcionais, injustificadas e abusivas”, argumentando que o pastor foi alvo de uma ação arbitrária. Os advogados também contestaram a interpretação de mensagens trocadas entre Malafaia e Eduardo Bolsonaro, consideradas pela PF como indício de irregularidades.
Segundo a defesa, as mensagens foram retiradas de contexto e não revelam qualquer conduta ilegal por parte do pastor. Em nota divulgada nas redes sociais, Malafaia reforçou a crítica: “Transformar opiniões legítimas em suspeitas de crime, isto sim, é atentado contra a democracia e a liberdade religiosa”.
A defesa conclui a nota reafirmando que “opinião não é crime, e cobrar governantes faz parte da vida democrática”. O caso segue em investigação e a defesa de Malafaia promete apresentar os argumentos para comprovar a inocência do pastor.
Fonte: http://revistaoeste.com