Canais de YouTubers do Paraná Banidos por Conteúdo com Crianças; Justiça e YouTube Agem

Canais de influenciadores digitais de Londrina e Curitiba foram removidos do YouTube após denúncias de violação das políticas de segurança infantil da plataforma. A medida drástica, que impactou criadores com milhões de seguidores, ocorreu na noite de quarta-feira (20), gerando debates sobre a linha tênue entre entretenimento e proteção dos direitos da criança e do adolescente.

Entre os canais afetados, estão os de Felipe Sápio (Taspio) e João Caetano, ambos de Londrina, e o casal Patrícia Caetano e André Campos (Paty e Dedé), de Curitiba. Os conteúdos produzidos envolviam crianças e adolescentes em diversas situações, o que levantou preocupações dentro da comunidade online.

Segundo o YouTube, a decisão de remover os canais foi motivada por denúncias anônimas de usuários. A plataforma tem intensificado a fiscalização de conteúdos que explorem ou coloquem em risco menores de idade, em resposta a crescentes preocupações sobre a superexposição infantil nas redes sociais.

Em defesa, os representantes dos youtubers alegam não terem recebido notificação prévia sobre as acusações e afirmam que todos os conteúdos eram produzidos com contratos formalizados em nome dos responsáveis legais das crianças. Além disso, garantem que os menores envolvidos recebiam acompanhamento psicológico, visando assegurar que as gravações não prejudicassem seu desenvolvimento. Os criadores de conteúdo agora avaliam contestar a decisão do YouTube.

Felipe Sápio, conhecido como Taspio, possuía 12 milhões de seguidores e produzia encenações com crianças e adolescentes sobre temas de relacionamento. João Caetano, com 17 milhões de seguidores, exibia vídeos de manobras de bicicleta, desafios, carros e casas de luxo. Já o casal Paty e Dedé, com 7 milhões de inscritos e 1,5 milhão de seguidores nas redes sociais, abordava danças, encenações e esportes com crianças.

O Ministério Público do Paraná (MPPR) já havia obtido liminar em junho, proibindo influenciadores e empresas de produzir conteúdos com crianças sem autorização judicial, incluindo gravação, produção e divulgação. Paralelamente, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que visa combater a “adultização” de crianças nas redes sociais, exigindo que plataformas vinculem contas de menores a responsáveis e removam conteúdos considerados abusivos. As medidas refletem uma crescente preocupação com a proteção da infância no ambiente digital.

Fonte: http://massa.com.br

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