O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teve seu cartão de crédito internacional bloqueado pelo Banco do Brasil. A medida surge em decorrência das sanções impostas pela Lei Magnitsky, conforme apurou o jornal Valor Econômico, intensificando o debate sobre os impactos da legislação americana no Brasil.
Embora o Banco do Brasil tenha optado por não comentar o caso, outras instituições financeiras consultadas ressaltaram a impossibilidade de confirmar ou negar se Moraes é cliente, em respeito ao sigilo bancário. As bandeiras de cartão, por sua vez, enfatizaram que não possuem acesso direto às informações dos portadores, que permanecem sob responsabilidade do banco emissor.
O tema ganhou destaque nos bastidores de um evento em São Paulo, que reuniu importantes figuras do setor bancário. Executivos como Mario Leão (Santander), Roberto Sallouti (BTG Pactual) e Milton Maluhy Filho (Itaú Unibanco) evitaram comentários diretos sobre as consequências da Lei Magnitsky no país.
Em uma declaração indireta, Milton Maluhy Filho alertou para a necessidade de cautela diante do cenário atual. “O setor financeiro é uma das fortalezas que o Brasil tem e, como todo bom ativo, precisa ser bem cuidado. Sempre aparece um risco novo para o sistema financeiro, basta ler os jornais”, afirmou o executivo, sinalizando as preocupações do setor.
A informação inicial sobre o bloqueio do cartão havia sido divulgada pela Folha de S.Paulo, sem identificar o banco responsável. A apuração recente confirma que a decisão partiu do Banco do Brasil, adicionando um novo capítulo à controvérsia.
Alexandre de Moraes foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky no final de julho, um mecanismo que prevê restrições financeiras e comerciais a indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. O governo americano justificou a inclusão alegando abusos de autoridade, prisões preventivas consideradas arbitrárias e ordens de censura contra críticos políticos.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br