Um macabro achado chocou o México na última terça-feira (19): seis cabeças humanas foram descobertas às margens de uma rodovia que liga os estados de Puebla e Tlaxcala, no coração do país. Motoristas que passavam pelo local acionaram as autoridades, levando o Ministério Público de Tlaxcala a confirmar a terrível descoberta e iniciar uma investigação.
As primeiras informações indicam que os restos mortais pertencem a seis homens. A promotoria já instaurou um inquérito para identificar as vítimas e os responsáveis por este ato brutal. A motivação por trás do crime ainda é incerta, mas indícios apontam para uma possível ligação com o submundo do crime organizado.
Testemunhas relatam que um panfleto foi encontrado junto às cabeças, sugerindo um acerto de contas entre grupos criminosos envolvidos no roubo de combustível, um problema crescente no México. A mensagem, cujo conteúdo não foi divulgado pelas autoridades, pode ser fundamental para desvendar os autores e as razões por trás da barbárie.
No mesmo dia, em outra região do país, no estado de Colima, a polícia localizou um crânio e outros restos humanos, ampliando o clima de terror e incerteza. Esses eventos macabros se somam a uma crescente onda de violência que assola o México, com episódios similares registrados em estados como Guerrero, Jalisco e Sinaloa, áreas conhecidas pela forte atuação de cartéis de drogas e grupos ligados ao tráfico de combustíveis.
Em junho, 20 corpos, cinco deles decapitados, foram abandonados em uma rodovia de Sinaloa. Em 2022, seis cabeças foram deixadas sobre um veículo em plena avenida principal de Chilapa, Guerrero, ilustrando a escalada da violência e a ousadia dos criminosos. “O México convive com altos índices de violência ligados ao narcotráfico e ao crime organizado há mais de uma década”, ressalta um especialista em segurança pública, que prefere não se identificar, “e a situação parece estar longe de melhorar”.
Desde 2006, quando o governo federal declarou guerra aos cartéis, o país já contabiliza mais de 480 mil homicídios e cerca de 130 mil pessoas desaparecidas, segundo dados oficiais. O estado de Jalisco concentra a maior parte dos registros de desaparecimentos, com quase 16 mil casos. As autoridades de Tlaxcala e Colima ainda não divulgaram novas informações sobre os últimos achados, e as investigações seguem em andamento em meio a um clima de crescente apreensão.
Fonte: http://ric.com.br
