O influenciador digital Hytalo Santos e seu companheiro, Israel Nata Vicente, foram transferidos na tarde desta segunda-feira da cadeia pública de Carapicuíba para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na capital paulista. A transferência ocorreu sob forte comoção, com ambos deixando a unidade prisional visivelmente abalados e chorando. A prisão preventiva do casal foi efetuada na última sexta-feira, em cumprimento a um mandado expedido pela Justiça da Paraíba.
Hytalo e Israel estavam detidos no 1º Distrito Policial de Carapicuíba até a efetivação da transferência. Ambos são alvos de uma investigação conjunta do Ministério Público da Paraíba e do Ministério Público do Trabalho, que apura denúncias de exploração e exposição de menores, além de suspeitas de tráfico humano, em vídeos amplamente divulgados nas redes sociais.
A Justiça da Paraíba negou, no sábado, o pedido de liberdade impetrado pela defesa dos influenciadores. As prisões ganharam destaque após a divulgação de um vídeo de 50 minutos produzido pelo influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. O material expôs detalhadamente os supostos esquemas de exploração e erotização de crianças e adolescentes em conteúdos produzidos em uma mansão na Paraíba.
Segundo Felca, que concedeu entrevista ao programa *Fantástico*, ele dedicou um ano à coleta de provas e identificação de páginas com conteúdo suspeito. A divulgação do vídeo teve grande impacto e gerou repercussão nas redes sociais e na mídia. Após a divulgação, Hytalo e seu companheiro deixaram a mansão, viajaram para Carapicuíba e alugaram uma residência, atitude considerada pela Justiça paraibana como uma tentativa de fuga e destruição de provas.
“A prisão é ilegal”, afirmou Felipe Cassimiro, advogado de defesa de Hytalo e Israel. Paralelamente, Felca relatou ter recebido ameaças de morte através das redes sociais após a divulgação das denúncias. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Polícia Civil poderá investigar as ameaças caso a vítima formalize a denúncia. A Justiça paulista também acatou o pedido dos advogados de Felca para que o Google forneça dados de uma conta de e-mail utilizada para enviar as ameaças.
Fonte: http://revistaoeste.com