Em meio a críticas de figuras internacionais como Donald Trump, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tem demonstrado notável habilidade em construir e manter uma rede de aliados influentes no cenário político brasileiro. Essa rede, que se estende a apoiadores de diferentes espectros ideológicos, incluindo figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, garante ao ministro uma posição de destaque e proteção em momentos de pressão.
Essa influência, conforme apurado pela Folha de S.Paulo, é resultado de laços construídos ao longo de sua trajetória, desde os tempos de atuação em administrações paulistas até sua ascensão ao STF. A reportagem destaca que parte significativa dessas conexões foi estabelecida após sua chegada à Corte, incluindo um relacionamento próximo com o presidente Lula da Silva e a cúpula do Congresso Nacional.
Essa teia de relações estratégicas confere a Moraes poder de influência em decisões políticas cruciais e facilita a indicação de aliados para posições-chave. A resistência do Congresso aos inúmeros pedidos de impeachment contra o ministro exemplifica a força dessa blindagem política. “Esses vínculos garantem ao ministro influência sobre decisões políticas. Da mesma forma, lhe dá apoio para emplacar aliados em espaços estratégicos, bem como proteção contra adversários”, destaca a reportagem.
Entre os laços mais estreitos, destacam-se os encontros frequentes com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e seu antecessor, Rodrigo Pacheco. A proximidade com Pacheco se consolidou durante a presidência de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), período em que ambos se alinharam na defesa do sistema eleitoral frente aos questionamentos de Jair Bolsonaro.
A influência de Moraes no Congresso se manifesta, por exemplo, na postura de Alcolumbre em relação aos pedidos de impeachment. Mesmo diante da pressão da oposição e do apoio público de um número significativo de senadores ao afastamento de Moraes, Alcolumbre descartou qualquer iniciativa nesse sentido, demonstrando a força da aliança que protege o ministro no Legislativo.
Fonte: http://revistaoeste.com
