O governo brasileiro, através do Ministério das Relações Exteriores, intensificou sua postura crítica em relação ao conflito Israel-Palestina. Em nota oficial divulgada neste sábado, o Itamaraty expressou sua veemente condenação à decisão de Israel de ampliar suas operações militares na Faixa de Gaza, elevando a preocupação com a escalada da crise humanitária na região.
A declaração enfatiza o temor de que a ação israelense agrave ainda mais a já “catastrófica situação humanitária da população civil palestina”, que enfrenta um cenário dramático marcado por mortes, deslocamentos forçados e insegurança alimentar. O governo brasileiro tem se posicionado de forma consistente em relação ao conflito, defendendo uma solução pacífica e o respeito aos direitos humanos.
Contudo, a nota oficial não faz menção direta ao Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza e é o principal alvo das operações militares israelenses. Historicamente, o governo Lula tem adotado uma postura cautelosa em relação ao Hamas, evitando classificá-lo como organização terrorista, o que o diferencia da posição adotada por diversos países ocidentais.
Reafirmando sua posição sobre a questão territorial, o Brasil reiterou seu entendimento de que a Faixa de Gaza integra o território do Estado da Palestina. Nesse sentido, o governo brasileiro renovou seu apelo por uma “retirada completa e imediata das tropas israelenses do território”, buscando um retorno à negociação diplomática.
O Itamaraty também enfatizou a urgência de um “cessar-fogo permanente”, bem como a libertação de todos os reféns e a garantia de acesso irrestrito à ajuda humanitária em Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. A nota demonstra o empenho do Brasil em promover uma solução para o conflito que garanta a segurança e o bem-estar de ambas as populações.
A recente declaração se soma a um histórico de tensões entre o governo Lula e Israel. Em 2024, o presidente Lula foi declarado *persona non grata* por Israel, após declarações consideradas ofensivas pelo governo de Tel Aviv, resultando em um período de relações diplomáticas tensas entre os dois países.
O conflito tem como marco o ataque terrorista perpetrado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, desencadeando uma resposta militar israelense em larga escala na Faixa de Gaza. A situação permanece instável, com relatos persistentes de reféns mantidos pelo Hamas, um aspecto que não foi abordado diretamente na nota do governo brasileiro.
A Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, abriga cerca de dois milhões de habitantes e tem sido palco de conflitos recorrentes entre Israel e grupos palestinos ao longo de décadas. A região é um ponto central na busca por uma solução duradoura para o conflito Israel-Palestina.
Fonte: http://revistaoeste.com