O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no domingo (3.ago.2025) que Steve Witkoff, seu enviado especial, viajará à Rússia na próxima semana para dar prosseguimento às negociações sobre a guerra na Ucrânia. A declaração foi dada em entrevista a jornalistas, segundo a Al Jazeera, com a viagem prevista para “quarta ou quinta-feira”. Witkoff, um magnata do setor imobiliário e conhecido parceiro de golfe de Trump, já atuou como emissário em negociações anteriores com o presidente russo Vladimir Putin.
Trump também abordou a questão das possíveis sanções contra a Rússia, indicando que a solução para evitá-las seria um acordo para cessar as hostilidades. “Chegar a um acordo em que as pessoas parem de ser mortas”, afirmou o presidente ao ser questionado sobre o tema. Paralelamente, Trump reiterou sua ameaça de impor “tarifas muito severas” à Rússia caso um cessar-fogo com a Ucrânia não seja alcançado em breve.
Além da frente diplomática, Trump revelou uma estratégia indireta de apoio militar à Ucrânia. Segundo o presidente, os Estados Unidos venderão mísseis e armamentos militares para a OTAN, que, por sua vez, direcionará esses equipamentos ao exército ucraniano. Armas anti-mísseis estariam incluídas no pacote.
Em um tom mais incisivo, Trump mencionou o deslocamento de dois submarinos nucleares para a região, em resposta a uma discussão online com o ex-presidente russo Dmitry Medvedev. Embora não tenha especificado se os submarinos são de propulsão nuclear ou armados com armas nucleares, nem suas localizações exatas, Trump garantiu que eles estão “na região”. A movimentação dos submarinos ocorre em um contexto de tensões elevadas e demonstra a complexidade do cenário geopolítico atual.
Adicionalmente, Witkoff tem desempenhado um papel multifacetado como enviado especial de Trump. Além de suas funções nas negociações sobre a Ucrânia, ele também representa o presidente nas negociações entre Israel e o Hamas. No sábado (2.ago), Witkoff esteve em Tel Aviv, onde se reuniu com famílias de reféns mantidos na Faixa de Gaza, demonstrando o alcance de sua atuação diplomática.
Fonte: http://www.poder360.com.br
