Acordos Comerciais de Trump: Um Panorama das Tarifas Globais e Seus Impactos

O governo de Donald Trump fechou acordos comerciais com a União Europeia e outros seis países, marcando um período de intensas negociações tarifárias com impacto em diversos setores da economia global. As novas tarifas, implementadas a partir de 1º de agosto, refletem a estratégia de Trump de usar o comércio como ferramenta de pressão para obter concessões e investimentos para os Estados Unidos.

A União Europeia, Japão, Vietnã, Indonésia, Filipinas, China e Reino Unido foram os principais parceiros nessas negociações. Cada acordo apresenta características específicas, envolvendo desde a redução de tarifas até o aumento de importações de produtos norte-americanos e investimentos em setores estratégicos. O Brasil, por outro lado, não obteve avanços nas negociações com os Estados Unidos.

Um dos pontos centrais das negociações foi a exigência de investimentos em setores norte-americanos em troca da redução de tarifas. “A UE comprará US$ 750 bilhões em energia dos EUA, e investirá mais US$ 600 bilhões em outros produtos”, afirmou Trump, evidenciando a busca por benefícios econômicos diretos para o país.

No caso da China, o acordo encerrou uma tensa “guerra comercial”, reduzindo tarifas de 145% para 55%. Apesar de ainda não ter sido totalmente confirmado, o tratado prevê o fornecimento de ímãs e terras raras pela China, enquanto os EUA mantêm o acesso de estudantes chineses às universidades. O governo Trump, por sua vez, também será afetado com tarifas de 10% por parte dos chineses.

Com o Japão, Trump concordou em reduzir as tarifas de 25% para 15%. Em contrapartida, o governo japonês se comprometeu a investir US$ 550 bilhões em setores como energia, semicondutores, agricultura e defesa, com os EUA ficando com 90% do lucro de cada setor investido. Os japoneses também aumentarão as importações de arroz e comprarão produtos agrícolas e aeronaves da Boeing.

No acordo com o Reino Unido, Trump manteve tarifas de 10%. Em troca, o governo britânico se comprometeu a eliminar barreiras comerciais que limitavam a entrada de produtos norte-americanos. O acordo também incluiu a eliminação de tarifas sobre o aço e o alumínio britânicos, com cotas de importação a serem cumpridas.

O Vietnã teve uma das maiores reduções tarifárias, de 46% para 20%. Em contrapartida, o governo vietnamita eliminou todas as tarifas a produtos norte-americanos que entram no país. Trump também afirmou que terá taxação de 40% a todos os produtos de outros países que são despachados via rotas comerciais do Vietnã.

Com a Indonésia, Trump concordou em reduzir as tarifas de 32% para 19%. Em troca, o governo indonésio cortará 99% de todas as barreiras alfandegárias aos produtos dos EUA, estabelecendo isenções a produtos agrícolas, automotivos e setores industriais norte-americanos. A Indonésia também se comprometeu a comprar commodities dos EUA e cumprir normas trabalhistas.

Por fim, com as Filipinas, Trump reduzirá as tarifas de 20% para 19%. O governo filipino aumentará as importações de soja e medicamentos norte-americanos, além de cortar todos os impostos a produtos vindos dos EUA. Os termos ainda não foram detalhados.

Fonte: http://www.poder360.com.br

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