O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) manifestou surpresa ao ser incluído na ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a desocupação de um acampamento de parlamentares na Praça dos Três Poderes em Brasília. Segundo o deputado, ele se encontrava na Paraíba no momento da emissão do despacho. “Estou trabalhando na Paraíba. Não estou no STF. Como meu nome foi parar aí?”, questionou o parlamentar.
A ordem de Moraes, expedida atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), visava a remoção imediata de diversos deputados, incluindo Hélio Lopes (PL-RJ), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT), além de Cabo Gilberto Silva. O documento autorizava, inclusive, a prisão em flagrante por crimes de resistência ou desobediência.
Diante da determinação judicial, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), dirigiu-se pessoalmente à Praça dos Três Poderes para negociar com os deputados. Acompanhado do desembargador aposentado Sebastião Coelho, Rocha expressou seu desconforto com a situação, declarando: “Eu não concordo com as coisas que estão acontecendo, Sebastião.”
Segundo reportagem do Estadão, Ibaneis Rocha havia autorizado a prisão dos deputados caso a desocupação não ocorresse de forma pacífica. “Vamos tentar tirar pacificamente. Se não saírem, serão presos”, teria afirmado o governador.
Após negociações, os parlamentares concordaram em transferir suas barracas para outra área da Esplanada dos Ministérios, fora da zona considerada sensível. A Polícia Militar do Distrito Federal também reforçou a segurança, interditando o tráfego de veículos na Praça dos Três Poderes.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br