O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), emitiu um ato oficial que suspende todas as reuniões de comissões da Casa entre 22 de julho e 1º de agosto de 2025. A decisão inesperada impacta diretamente os planos da oposição, que buscava utilizar o período de recesso para intensificar sua atuação.
Essa manobra administrativa frustra a estratégia oposicionista, liderada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que havia convocado subcomissões com o objetivo de alinhar discursos, buscar apoio político e organizar manifestações contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). As estruturas visavam criar um ponto de convergência durante o recesso.
Motta justificou sua decisão com base nas “atribuições regimentais” da Presidência, tornando o impedimento imediatamente válido. A medida efetivamente anula as convocações feitas pelos deputados da oposição para encontros nos próximos dias, demonstrando o poder da presidência da Câmara em controlar o ritmo legislativo.
Entre os deputados cujos planos foram interrompidos estão Gustavo Gayer (PL-GO), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Zé Trovão (PL-SC) e Rodolfo Nogueira (PL-MS). As comissões haviam sido concebidas como uma forma de manter a mobilização política durante o recesso e pressionar o Senado a analisar pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, além de reacender debates sobre anistia e foro privilegiado.
A atitude de Hugo Motta ocorre em um momento de tensão entre os poderes Legislativo e Judiciário, somada às recentes medidas cautelares impostas contra Jair Bolsonaro e as sanções diplomáticas aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil, intensificando o debate político no país.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br
