O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou uma série de medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo a proibição de contato com 191 pessoas, além de todas as autoridades estrangeiras e embaixadores no Brasil. A decisão, tomada no âmbito das investigações sobre um suposto atentado ao Estado Democrático de Direito, visa restringir a comunicação do ex-presidente.
Entre os indivíduos listados na proibição, destaca-se o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, e todos os investigados em diversas ações penais e inquéritos relacionados ao caso. A medida impede qualquer comunicação direta ou indireta, incluindo o uso de intermediários. A lista também abrange os 132 embaixadores que atuam em Brasília, ampliando o escopo das restrições impostas.
Além das restrições de contato, Bolsonaro está sujeito ao uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e integral nos fins de semana e feriados. Adicionalmente, foi estabelecida uma distância mínima de 200 metros de todas as embaixadas, e o ex-presidente está impedido de utilizar redes sociais, mesmo por meio de terceiros. As medidas visam monitorar e limitar as atividades do ex-presidente.
Moraes justificou as medidas com a alegação de possível fuga do país, autorizando o uso da força para o cumprimento dos mandados, incluindo arrombamento e busca pessoal. A decisão explicita a preocupação das autoridades com a possibilidade de Bolsonaro se evadir da justiça, levando à imposição das restrições. A autorização para o uso da força demonstra a seriedade com que o STF trata o caso.
A lista de pessoas com quem Bolsonaro está proibido de se comunicar inclui figuras proeminentes como Augusto Heleno, Anderson Torres, Braga Netto, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Silvinei Vasques e Paulo Figueiredo. Esses nomes estão envolvidos em investigações sobre interferência institucional, abuso de poder e suposta tentativa de subversão democrática. As restrições de contato buscam isolar Bolsonaro de potenciais colaboradores em atividades ilícitas.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br