Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, compareceu à Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (21 de julho de 2025) para uma reunião do Partido Liberal (PL). Na saída do encontro, ele exibiu pela primeira vez a tornozeleira eletrônica que está utilizando por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em declarações à imprensa, Bolsonaro classificou o dispositivo como um “símbolo de humilhação”, reiterando sua insatisfação com a medida imposta. Anteriormente, o ex-presidente havia se recusado a mostrar a tornozeleira em público.
A visita ao Congresso também tinha como objetivo inicial uma conversa com jornalistas, que foi cancelada após a proibição de entrevistas por Moraes. O ministro argumentou que conceder entrevistas burlaria a medida cautelar imposta a Bolsonaro na última sexta-feira (18).
Além disso, uma entrevista agendada com o portal Metrópoles para às 13h foi cancelada pouco antes do horário previsto. O veículo de comunicação informou que o cancelamento ocorreu por “medo de ser preso” por parte do ex-presidente.
Bolsonaro é réu em uma ação penal no STF que investiga seu papel no núcleo central da tentativa de golpe de Estado em 2022. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já pediu sua condenação, argumentando que ele “alimentou diretamente a insatisfação e o caos social” após sua derrota nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Caso seja condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado, a pena pode ultrapassar 40 anos de prisão.
Fonte: http://www.poder360.com.br