O governo chinês elevou o tom contra o Canadá, criticando duramente as novas barreiras comerciais implementadas para proteger sua indústria de aço. A medida surge após a imposição de tarifas de 50% sobre as importações de metais canadenses pelos Estados Unidos, gerando um efeito cascata nas políticas comerciais globais. A China considera a ação canadense uma afronta às normas da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, anunciou a redução das cotas de importação de aço isentas de impostos. As importações que excederem essas cotas serão sujeitas a uma tarifa de 50%, medida que visa proteger a indústria nacional do Canadá. Essa decisão, no entanto, provocou forte reação por parte da China, que a vê como uma manobra protecionista injustificada.
Além disso, o governo chinês se opõe à imposição de uma taxa adicional de 25% sobre produtos que contenham aço fundido na China. Essa medida, em particular, acirrou ainda mais as tensões entre os dois países, sendo vista como uma discriminação direta contra os produtos chineses. Segundo Pequim, a medida é “tipicamente protecionista”, e prejudica os interesses comerciais chineses.
Um porta-voz do Ministério do Comércio chinês declarou que “a prática do Canadá é irracional, ilegal e inútil, e prejudicará seriamente a cooperação econômica e comercial normal entre a China e o Canadá”. A China considera que a medida não apenas viola as regras da OMC, mas também mina a confiança mútua entre os dois países.
Diante desse cenário, a China advertiu que tomará “as medidas necessárias” contra produtos canadenses caso o governo de Carney não revogue a taxação sobre produtos que contenham aço fundido chinês. A escalada dessa disputa comercial poderá ter consequências significativas para o comércio bilateral e para a estabilidade do mercado global de aço.
Fonte: http://www.poder360.com.br
