O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mesmo distante do Brasil, declarou neste domingo que não pretende renunciar ao cargo. A declaração ocorre após o término de sua licença parlamentar de 120 dias, período em que permaneceu nos Estados Unidos alegando perseguição política. Sua permanência fora do país levanta questionamentos sobre a possibilidade de cassação por faltas, conforme o Regimento Interno da Câmara dos Deputados.
Durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro desafiou as expectativas e afirmou que pretende manter seu mandato. “Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia. Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses”, declarou o deputado, adicionando mais um capítulo à sua já controversa trajetória política.
Enquanto isso, no Brasil, Eduardo Bolsonaro é alvo de uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). A apuração busca esclarecer sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover retaliações contra o Brasil e ministros da Corte, além de sua possível interferência na trama golpista de 2022, na qual seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, é réu.
Na mesma transmissão, o deputado criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e ironizou a suspensão de vistos de ministros do STF pelo governo Trump. “O cara que se diz ofendido [Moraes], ele pega e junta no processo que ele abriu”, disse Eduardo Bolsonaro, em tom desafiador.
Além de defender a anistia para seu pai, Jair Bolsonaro, Eduardo afirmou estar disposto a radicalizar em suas ações. A declaração surge em um momento delicado, com o ex-presidente sendo alvo de uma operação da Polícia Federal e utilizando tornozeleira eletrônica por determinação do STF. A decisão foi motivada por um possível risco de fuga, enquanto Bolsonaro aguarda julgamento pelo STF em setembro.
Fonte: http://ric.com.br
