O prefeito de Igarapé Grande (MA), João Vitor Xavier (PDT), 27 anos, apresentou-se à Polícia Civil nesta segunda-feira e confessou ter efetuado o disparo que matou o policial militar Geidson Thiago da Silva. O crime ocorreu na noite de domingo, durante uma vaquejada em Trizidela do Vale, Maranhão. A apresentação voluntária do prefeito e sua posterior liberação geraram grande repercussão e levantam questionamentos sobre o andamento das investigações.
Xavier compareceu à Delegacia Regional de Presidente Dutra, acompanhado de seus advogados, onde alegou legítima defesa. Em seu depoimento, o prefeito declarou que reagiu a uma ameaça por parte do policial durante um desentendimento. “No depoimento do prefeito, ele disse que havia extraviado essa arma para não ser pego com ela”, afirmou o delegado Ricardo Aragão, superintendente de Polícia Civil do Interior, em entrevista.
Apesar da confissão, Xavier foi liberado por não estar em flagrante no momento da apresentação. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos, com prazo de dez dias para conclusão. O delegado responsável decidirá se representará pela prisão preventiva do prefeito, medida que depende de autorização judicial.
Testemunhas relatam que a discussão começou após Geidson pedir para o prefeito abaixar o farol do carro, que estaria incomodando na vaquejada. A partir daí, o prefeito teria sacado a arma e disparado contra o policial, que estava de folga. Segundo o delegado Diego Maciel, da regional de Pedreiras, “Foram cerca de cinco tiros, provavelmente todos pelas costas”.
Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas, mostrando um homem que seria Xavier indo em direção a um carro, pegando um objeto e se dirigindo a um grupo de pessoas, antes de correr e ir embora. A arma do crime ainda não foi encontrada e a Polícia Civil negocia a entrega com o investigado. A Polícia Civil informou que Xavier não possui porte legal de arma de fogo e que investiga todas as circunstâncias do crime.
Fonte: http://revistaoeste.com