Sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Rio de Janeiro sedia a 17ª Cúpula do Brics, iniciada neste domingo, 6 de julho de 2025. O evento, que se estende até segunda-feira, tem como foco central a promoção do multilateralismo em resposta às políticas protecionistas dos Estados Unidos, além de discussões sobre a expansão de sistemas que facilitem o comércio entre os países membros.
Contudo, a cúpula enfrenta desafios significativos, com a ausência de líderes importantes que podem impactar a relevância política do evento. Essa reunião, que faz parte da estratégia de Lula para fortalecer o protagonismo internacional do Brasil, ocorre em um momento de grande tensão no cenário global.
As discussões do Brics serão inevitavelmente influenciadas pelas recentes hostilidades entre Israel e Irã, este último um membro pleno do bloco desde 2023. Adicionalmente, marca o primeiro encontro do grupo desde o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA, que já expressou preocupações sobre o papel do dólar nas transações do bloco, chegando a ameaçar tarifas comerciais.
O Brasil, que assumiu a presidência do Brics em 1º de janeiro de 2025, manterá a liderança até o final do ano. Neste período, o país busca impulsionar a reforma da governança global e promover o desenvolvimento sustentável com inclusão social, em um bloco que agora conta com 11 membros plenos e 10 países parceiros.
A programação da cúpula inclui sessões plenárias sobre paz e segurança, reforma da governança global, multilateralismo, assuntos econômico-financeiros, inteligência artificial, meio ambiente, saúde global e a preparação para a COP30. O evento é um palco crucial para debates sobre o futuro da ordem mundial e o papel dos países emergentes nesse cenário.
Fonte: http://www.poder360.com.br