O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta quinta-feira (3), o tenente-coronel Ivan Souza Blaz Júnior, da Polícia Militar, pelos crimes de constrangimento ilegal e invasão de domicílio. O caso, ocorrido em janeiro deste ano, envolve uma ação policial controversa em um prédio residencial de luxo na zona sul da capital fluminense.
Além da denúncia criminal, o Grupo de Atuação Especial em Segurança Pública (Gaesp) do MPRJ requereu a suspensão da função pública do oficial. A promotoria alega que Blaz coordenou uma operação de inteligência falha, baseada em uma denúncia anônima não confirmada.
Na época, Blaz era comandante do 2º Batalhão da PM (Botafogo). Segundo a denúncia, mesmo sem mandado judicial ou flagrante delito, o tenente-coronel autorizou a entrada forçada de policiais no apartamento, onde supostamente estaria o narcotraficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, visitando seu pai.
O MPRJ detalha que Blaz participou ativamente da ação, trajando roupas informais e portando uma lata de cerveja. Ele teria rendido o porteiro e dois moradores com uma pistola, além de apreender os telefones celulares das vítimas, configurando abuso de autoridade.
Antes de comandar o batalhão de Botafogo, Ivan Blaz foi porta-voz da Polícia Militar. Atualmente, ele está lotado na Diretoria-Geral de Pessoal, uma posição que, na prática, o afasta das funções operacionais. O processo agora tramita na Auditoria da Justiça Militar. A Polícia Militar foi contactada pela Agência Brasil para comentar o caso, e aguarda-se um posicionamento oficial.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br