Curupira Vira Alvo de Críticas: Nikolas Ferreira Detona Mascote da COP30

A escolha do Curupira como mascote da COP30, conferência climática da ONU a ser realizada em Belém, Pará, gerou controvérsia. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou a decisão, classificando-a como mais um exemplo da “simbologia vazia” do governo Lula. O personagem folclórico, símbolo da proteção das florestas e da aproximação com povos tradicionais, foi o centro da crítica.

“Escolheram o Curupira, que anda para trás e pega fogo. Combina”, publicou Ferreira em suas redes sociais. A declaração viralizou, dividindo opiniões entre críticos e defensores da agenda ambiental do governo. Apoiadores da COP30 defenderam o Curupira, explicando que seus pés invertidos servem para confundir caçadores, não para andar para trás.

O governo Lula busca dar à COP30 o apelido de “COP das Florestas”, utilizando a figura mítica do Curupira para simbolizar a defesa da natureza. A figura, de origem indígena, é tradicionalmente associada à proteção ambiental, com cabelos vermelhos representando o fogo e a capacidade de se transformar em “fogo-vivo”. Nikolas Ferreira, no entanto, contesta essa representação.

Para o deputado, a escolha do Curupira mascara problemas de gestão e serve como marketing ambiental. Ele se posiciona contra o que chama de “ambientalismo punitivo”, alegando que essa linha prejudica o agronegócio e ignora a realidade socioeconômica de regiões como o Norte e o Centro-Oeste do país.

Apesar da polêmica, o governo tem investido em ações para combater os incêndios florestais. Em 2023, o Brasil registrou 30 milhões de hectares queimados, um aumento de 62% em relação à média histórica. O governo lançou o Projeto Manejo Integrado do Fogo, visando ampliar a estrutura de combate às queimadas.

Dados do Inpe indicam uma queda de 46% nos focos de incêndio no primeiro semestre de 2025 em comparação com o ano anterior. Contudo, Mato Grosso ainda lidera as ocorrências, concentrando vegetação dos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal. A oposição questiona a eficácia das ações governamentais, acusando a gestão Lula de usar o ambientalismo como ferramenta de propaganda, enquanto o governo aposta em símbolos culturais como o Curupira para promover sua agenda climática.

Fonte: http://revistaoeste.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *