Uma vasta operação da Polícia Federal, batizada de Nafta, desarticulou um esquema de fraudes em postos de combustíveis no Rio de Janeiro, liderado por uma organização criminosa com conexões com a milícia. A ação, realizada em conjunto com a Polícia Civil através da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/RJ), cumpriu mandados em diversas cidades, incluindo Rio de Janeiro, Niterói e Juiz de Fora.
A Justiça determinou o sequestro de bens e valores dos envolvidos, totalizando R$ 35 milhões, demonstrando a magnitude do esquema criminoso. A operação é um duro golpe contra a atuação de organizações que exploram a revenda de combustíveis para lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas.
Cerca de 70 policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva na Barra da Tijuca e 31 mandados de busca e apreensão em diferentes localidades. As diligências revelaram que o líder da organização já possuía ligações com a milícia e atualmente atuava no crime organizado através das fraudes nos postos de combustíveis, conforme apurado pelas investigações.
A investigação que culminou na Operação Nafta teve início a partir de desdobramentos da Operação Dinastia, deflagrada em agosto de 2022. A Operação Dinastia desarticulou uma organização criminosa formada por milicianos atuante na zona oeste do Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações revelaram “intensa articulação e planejamento minucioso” para a prática de homicídios de integrantes de facções criminosas rivais e de outras pessoas. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) complementa que os elementos de prova obtidos na Operação Dinastia evidenciam “matança generalizada fomentada pela organização”, ressaltando a periculosidade da quadrilha e a importância da ação policial.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br