Economist: Lula Visto como Isolado e Impopular, Críticas Aumentam

Uma análise recente da revista britânica The Economist lança dúvidas sobre a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto no cenário doméstico quanto internacional. Publicado em 29 de junho de 2025, o artigo sugere que Lula enfrenta uma crescente impopularidade no Brasil e perdeu influência em fóruns globais importantes.

As críticas da Economist se concentram nas posições de política externa do governo brasileiro, especialmente em relação a conflitos internacionais. A publicação aponta que a postura do Brasil, ao condenar ações dos Estados Unidos contra o Irã, distanciou o país de democracias ocidentais. Essa inclinação é vista com preocupação, especialmente em antecipação à cúpula do Brics no Rio de Janeiro.

“A simpatia do Brasil com o Irã deve continuar em 6 e 7 de julho, quando o Brics… realiza sua cúpula anual no Rio de Janeiro”, destaca a revista, referindo-se à presença do Irã, membro do bloco desde 2024. A Economist argumenta que, ao invés de projetar influência global, essa postura faz o Brasil parecer “cada vez mais hostil ao Ocidente”.

A publicação também critica a postura de Lula em relação a líderes de outros países, citando a falta de diálogo com o presidente argentino Javier Milei e o estreitamento de laços com o governo venezuelano de Nicolás Maduro. A ausência de interlocução com os Estados Unidos desde a posse de Donald Trump, em contraste com as reuniões com o líder chinês Xi Jinping, também é mencionada.

No âmbito doméstico, a Economist ressalta a queda na aprovação de Lula, com uma pesquisa PoderData indicando 56% de desaprovação. A revista sugere que o Brasil se moveu para a direita, com o Partido dos Trabalhadores associado à corrupção e o crescimento do eleitorado evangélico e da economia informal. O artigo conclui alertando para o risco de uma direita unificada vencer as eleições presidenciais de 2026.

Apesar da análise crítica, a Economist parece apresentar uma imprecisão ao citar um déficit comercial de US$ 30 bilhões do Brasil com os Estados Unidos. Dados oficiais do Ministério da Indústria apontam para valores significativamente menores, indicando um déficit de US$ 253 milhões em 2024.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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