Em meio ao recente conflito com o Irã, Israel utilizou pela primeira vez o sistema Iron Beam (Raio de Ferro), conforme reportado pela agência russa Tass. Este sistema se junta ao já conhecido Iron Dome (Domo de Ferro), em operação desde 2011, para compor a defesa aérea do país. Ambos os sistemas têm como objetivo interceptar e destruir mísseis balísticos e outras ameaças aéreas.
Embora compartilhem o mesmo objetivo, os dois sistemas operam de maneiras distintas. O Domo de Ferro, um sistema antimíssil já consolidado, utiliza uma rede de radares e mísseis interceptores. Já o Raio de Ferro, tecnologia mais recente, emprega um laser de alta potência para neutralizar alvos.
O Domo de Ferro, em operação há mais de uma década, é composto por baterias móveis equipadas com radares, sistemas de gerenciamento de batalha e lançadores de mísseis Tamir. O sistema detecta mísseis inimigos, calcula suas trajetórias e, se necessário, dispara um míssil interceptor para destruir a ameaça.
Apesar de sua eficácia comprovada, o Domo de Ferro possui algumas limitações. O alto custo de produção e manutenção, estimado em dezenas de milhões de dólares por bateria, e o custo individual de cada míssil Tamir são fatores que pesam. Além disso, embora Israel declare uma taxa de sucesso de 90%, o recente conflito com o Irã expôs algumas vulnerabilidades do sistema.
Para complementar e aprimorar sua defesa aérea, Israel desenvolveu o Raio de Ferro. Este sistema, apresentado em 2014 e operacionalizado em 2025, utiliza um laser de alta potência para interceptar alvos a uma distância de até 7 km. A grande vantagem do Raio de Ferro é o seu baixo custo operacional, estimado em apenas US$ 3 por disparo, em comparação com os US$ 50.000 de um míssil Tamir.
O Raio de Ferro é composto por um sistema de laser de alta energia, radares de vigilância, software de inteligência artificial, uma plataforma móvel e uma fonte de energia. O sistema utiliza espelhos para redirecionar a luz em um feixe de alta intensidade, capaz de destruir alvos em poucos segundos.
Contudo, o Raio de Ferro também apresenta desafios. Condições climáticas adversas, como neblina, podem prejudicar a precisão do laser. Além disso, o tempo necessário para destruir um alvo pode ser um fator limitante em cenários de ataques massivos. Apesar dessas limitações, o Raio de Ferro representa um avanço significativo na tecnologia de defesa aérea, aproximando a realidade da ficção científica.
Fonte: http://www.poder360.com.br