O Iêmen anunciou oficialmente sua entrada no conflito em curso entre Irã e Israel, estendendo a já complexa teia de tensões no Oriente Médio. A declaração, proferida pelo brigadeiro-general Yahya Saree, porta-voz das Forças Armadas Iemenitas, sinaliza um aumento significativo no escopo da crise, com o país alinhando-se abertamente ao Irã contra Israel e os Estados Unidos.
Em pronunciamento transmitido pela televisão estatal, Saree alertou para que embarcações se mantenham distantes das águas territoriais iemenitas, embora não tenha detalhado quais ações militares específicas serão tomadas. “O Iêmen está oficialmente entrando na guerra (contra os Estados Unidos e Israel). Mantenham seus navios longe de nossas águas territoriais”, afirmou, conforme reportado pelo Tehran Times.
A escalada ocorre após os recentes bombardeios dos Estados Unidos a instalações nucleares iranianas, em resposta a ofensivas anteriores de Israel. Os ataques americanos, que atingiram alvos como Natanz, Isfahan e Fordow, intensificaram a tensão regional e provocaram a reação de aliados iranianos, como o grupo Houthi, baseado no Iêmen.
Membros do escritório político dos houthis já haviam sinalizado uma resposta iminente aos ataques dos EUA. Mohammed al-Bukhaiti, um dos integrantes, prometeu retaliação, afirmando que “a resposta à escalada com escalada é apenas uma questão de tempo” e que existem “múltiplos alvos na entidade sionista, alvos sensíveis, que custarão grandes perdas”.
O grupo houthi, alinhado ao Irã, tem intensificado seus ataques a embarcações no Mar Vermelho desde o início da ofensiva israelense contra Gaza, adicionando uma camada extra de complexidade ao cenário de segurança marítima. A declaração oficial do Iêmen representa um ponto de inflexão, aumentando o risco de um conflito regional mais amplo e prolongado.
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