Paulo Figueiredo Filho, jornalista brasileiro envolvido em investigações sobre suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, será ouvido hoje pela Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos do Congresso dos EUA. A audiência pública focará na repressão transnacional, um tema que ganha destaque no cenário internacional. Figueiredo, neto do último presidente do regime militar brasileiro, pretende abordar a atuação do Ministro Alexandre de Moraes do STF, segundo declarações nas redes sociais.
O evento visa avaliar estratégias multilaterais para definir e responder à repressão transnacional, examinando como diferentes governos abordam o problema. A comissão também analisará casos específicos de países como Paquistão, Índia, Hong Kong e China, buscando um panorama global da questão. A repressão transnacional é definida como táticas de governos estrangeiros para prejudicar, intimidar ou coagir indivíduos além de suas fronteiras.
Figueiredo, através de suas redes sociais, expressou a intenção de relatar como jornalistas, deputados, cidadãos americanos e empresários de tecnologia teriam se tornado alvos de perseguição. Ele mencionou a situação de brasileiros incluídos na lista vermelha da Interpol, sem citar nomes específicos, indicando a amplitude das denúncias que pretende apresentar à comissão.
“A repressão transnacional de Alexandre de Moraes” será o tema central do seu depoimento, conforme publicou o jornalista em sua conta no X/Twitter. Figueiredo alega que sua luta para denunciar o que considera uma “ditadura” no Brasil está em curso e que busca apoio internacional para suas alegações. A audiência será conduzida por membros da comissão bipartidária, demonstrando o interesse do Congresso americano na questão dos direitos humanos e liberdades civis em escala global.
A participação de Figueiredo na audiência representa um novo capítulo nas tensões entre o Brasil e setores dos Estados Unidos em relação a decisões judiciais e liberdade de expressão. Resta aguardar o desenrolar da audiência para verificar o impacto das denúncias apresentadas e as possíveis consequências para as relações bilaterais.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br