O governo federal, por meio do Ministério do Turismo, intensificará os esforços para regulamentar a exploração do balonismo para fins turísticos no país. A iniciativa ganha urgência após a queda de um balão em Praia Grande, Santa Catarina, que resultou na trágica morte de oito pessoas no último sábado (21).
A tragédia, na qual um balão pegou fogo durante um passeio turístico com 21 pessoas a bordo, expôs a fragilidade da regulamentação atual. As vítimas, segundo relatos, tentavam desembarcar quando o balão voltou a subir, culminando no incêndio e nas tentativas desesperadas de fuga.
Atualmente, o balonismo é considerado uma atividade aerodesportiva no Brasil, sem habilitação técnica para pilotos ou certificação de segurança para as aeronaves. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) esclareceu que os voos de balão são realizados “por conta e risco dos envolvidos”, demonstrando a necessidade urgente de mudança.
O Ministério do Turismo planeja realizar uma reunião com entidades do setor nesta semana para discutir a criação de uma regulamentação específica e clara para a operação de voos de balão em atividades turísticas. O objetivo é “garantir a segurança dos praticantes e impulsionar o desenvolvimento desse segmento no Brasil”, informou a pasta em nota.
Paralelamente, prefeituras de cidades como Praia Grande (SC) e Torres (RS), conhecida como a capital brasileira do balonismo, têm defendido há anos uma regulamentação mais rigorosa e profissionalização da atividade. A medida visa garantir a segurança dos turistas e impulsionar a economia regional, que se beneficia dos passeios turísticos em balões. A Confederação Brasileira de Balonismo, por sua vez, manifestou solidariedade às famílias das vítimas e reafirmou seu compromisso com o fomento do esporte, ressaltando a ausência de competência para regular ou fiscalizar passeios turísticos.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br