O mês de junho de 2025 tem sido marcado por intensos debates sobre as políticas ambientais do governo brasileiro e seus impactos na economia nacional. Em meio a eventos internacionais e decisões governamentais, crescem as preocupações sobre o que alguns críticos chamam de “entreguismo”, em referência a acordos que, segundo eles, comprometem a autonomia do país.
No cenário global, a deportação da ativista Greta Thunberg de Israel, após uma tentativa de invasão à Faixa de Gaza, gerou discussões sobre o direcionamento de recursos para causas ambientais e a efetividade de protestos. Paralelamente, no Brasil, as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente pela ministra da área reacenderam o debate sobre as prioridades do governo.
A crítica se concentra na percepção de que a agenda ambiental estaria sobrepondo-se a questões cruciais como o corte de gastos públicos, a retomada do crescimento econômico e a contenção da inflação. “São prioridades que os adoradores do planeta e a trupe dos que simulam governança fingem ignorar”, afirma um especialista em economia, que prefere não ser identificado.
Em Paris, acordos firmados pelo governo brasileiro têm sido alvo de controvérsia. A ausência de contrapartidas claras por parte de países como a França, cujo presidente, Emmanuel Macron, questiona as práticas ambientais brasileiras, intensifica as críticas. A exigência de adesão a protocolos europeus para a celebração de acordos comerciais é vista por alguns como uma imposição inaceitável.
Um dos pontos de maior preocupação é a influência de relatórios de órgãos como o IPCC e o IPBES nas diretrizes do governo. Críticos questionam a validade e a integridade desses documentos, argumentando que incluem materiais de ONGs e que são utilizados para promover agendas específicas, como a meta de “renaturalizar” 30% das áreas terrestres e oceânicas até 2030. Essa meta, segundo analistas, pode ter impactos significativos na agricultura e na exploração de recursos naturais.
A imobilização de grandes áreas do território nacional para fins de preservação ambiental também gera apreensão. Atualmente, 66% do território brasileiro já estaria sob algum tipo de restrição ambiental. A assinatura de um “compromisso voluntário” para imobilizar 30% das áreas oceânicas, durante a 4ª Convenção dos Oceanos em Paris, intensificou os questionamentos sobre as prioridades do governo.
Enquanto o debate se intensifica, persistem as dúvidas sobre o futuro econômico do Brasil e sua capacidade de equilibrar o desenvolvimento com a preservação ambiental. A complexidade da questão exige uma análise aprofundada e um diálogo aberto entre governo, setor produtivo e sociedade civil.
Fonte: http://revistaoeste.com