Um trágico acidente com um balão tripulado em Capela do Alto, interior de São Paulo, resultou na morte de uma passageira e deixou outros 11 feridos leves. A ocorrência, registrada em 15 de junho, levanta questionamentos sobre a segurança da atividade, especialmente após o governador Tarcísio de Freitas ter incentivado passeios de balão no estado no dia anterior. O caso reacende o debate sobre a regulamentação e os riscos inerentes ao balonismo no Brasil.
O governador Tarcísio de Freitas, em 14 de junho, havia declarado Boituva como a “capital nacional do balonismo”, exaltando o potencial turístico da região. “Com esse cenário único, Boituva se firma como um dos grandes atrativos turísticos do nosso Estado”, afirmou Tarcísio, ressaltando a importância do município como destino para visitantes. A fala do governador contrasta com a tragédia que se abateu sobre a região no dia seguinte.
Juliana Alves Prado Pereira, de 26 anos, natural de Pouso Alegre (MG), perdeu a vida no acidente. Ela estava no passeio com o marido, Leandro de Aquino Pereira, para comemorar o Dia dos Namorados. Segundo relatos de sobreviventes, o piloto tentou realizar um pouso de emergência em um laranjal, mas o balão colidiu com o solo diversas vezes, arremessando passageiros para fora da estrutura.
O piloto do balão, identificado como Fabio Salvador Pereira, foi preso em flagrante por homicídio culposo agravado e atividade irregular de balonismo. A documentação do piloto estava irregular, com licença apenas para voos particulares. Em depoimento, Fabio alegou que uma rajada de vento inesperada teria causado o acidente. Ele trabalhava para a empresa Aventurar Balonismo.
Este incidente ocorre em um momento delicado, com outro acidente fatal envolvendo um balão em Santa Catarina, onde oito pessoas morreram. A sequência de tragédias levanta preocupações sobre a fiscalização e a segurança dos voos de balão no país, exigindo uma análise urgente das regulamentações e práticas do setor.
Fonte: http://www.poder360.com.br