Acareação Explosiva: Braga Netto Chama Cid de ‘Mentiroso Contumaz’ em Meio a Acusações de Golpe

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou uma acareação entre o tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto, agendada para a próxima terça-feira (24.jun.2025). O confronto judicial busca esclarecer pontos cruciais na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado. A defesa de Braga Netto solicitou a acareação para confrontar diretamente as declarações de Cid, consideradas inconsistentes.

A principal alegação da defesa de Braga Netto é que Mauro Cid é um mentiroso contumaz, cujos depoimentos contraditórios prejudicam a busca pela verdade. O foco da acareação reside em duas divergências centrais: a natureza e o propósito de uma reunião ocorrida em novembro de 2022 na residência de Braga Netto, e a suposta entrega de dinheiro para financiar o plano “Punhal Verde e Amarelo”.

Em entrevista ao Poder360, o advogado de Braga Netto, José Luis Oliveira Lima, não poupou críticas a Cid: “Mauro Cid é um mentiroso contumaz, prestou inúmeros depoimentos, foi e voltou várias vezes. A acareação será importante para mais uma vez demonstrar que o colaborador faltou com a verdade”. A defesa busca, portanto, descredibilizar o testemunho de Cid e reforçar a inocência de Braga Netto.

O procedimento da acareação consiste em colocar os dois indivíduos frente a frente, perante uma autoridade, para que respondam às mesmas perguntas e apresentem suas versões dos fatos. O objetivo é permitir que as autoridades comparem as declarações divergentes e avancem nas investigações, buscando elementos que confirmem ou refutem as acusações. A expectativa é que o confronto direto revele inconsistências e esclareça os pontos obscuros.

Cid alega que, na reunião na casa de Braga Netto, foi discutido um plano para monitorar e assassinar autoridades, com a participação de militares das Forças Especiais. Ele também afirma ter recebido R$ 100 mil do general em uma sacola para financiar o plano, dinheiro que, segundo Cid, teria sido obtido com empresários do agronegócio. Braga Netto nega veementemente as acusações, afirmando que a reunião foi breve e que nunca teve contato com empresários para obter recursos.

Braga Netto foi preso em dezembro de 2024, após o depoimento de Cid à Polícia Federal detalhando a suposta entrega do dinheiro. O tenente-coronel também teria relatado que o general entrou em contato com seu pai, o general Lourena Cid, para obter informações sobre sua delação. A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro também questiona a credibilidade de Cid, alegando que ele mentiu em sua delação e que suas informações são difusas e contraditórias.

Fonte: http://www.poder360.com.br

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