Onda de Compras Online: Brasileiros Batem Recorde Gastando R$ 15 Bilhões em Importações em 2024

Os brasileiros demonstraram um apetite crescente por produtos estrangeiros em 2024, atingindo um novo patamar de gastos em compras internacionais. De acordo com dados da Receita Federal, o montante total despendido ultrapassou a marca de R$ 15 bilhões, distribuídos em cerca de 190 milhões de encomendas. Esse volume expressivo reflete uma mudança nos hábitos de consumo e a crescente facilidade de acesso a mercados globais.

O aumento nas compras internacionais também impactou positivamente a arrecadação do governo. Em 2024, a Receita Federal contabilizou R$ 2,88 bilhões provenientes da taxação de remessas do exterior, incluindo multas aplicadas durante o processo de fiscalização. Este valor representa um salto de 45% em relação aos R$ 1,98 bilhão arrecadados no ano anterior, evidenciando o potencial arrecadatório desse segmento.

Comparando com 2023, quando foram registrados R$ 6,42 bilhões em gastos e aproximadamente 210 milhões de encomendas, o crescimento é notável. A alta do dólar, com uma cotação média de R$ 5,39 em 2024, 8% acima dos R$ 4,99 de 2023, contribuiu para esse aumento. Entretanto, mesmo em dólares, os gastos saltaram de US$ 1,28 bilhão para US$ 2,75 bilhões, indicando um crescimento real no volume de compras.

A implementação da taxação sobre compras de até US$ 50, a chamada “taxa das blusinhas”, também teve um impacto significativo na arrecadação. Desde agosto de 2024, essa medida gerou R$ 670 milhões em impostos até dezembro, aproximando-se da estimativa inicial da Receita Federal de R$ 700 milhões. A Receita Federal declarou que “O aumento da arrecadação vai ao encontro da criação do Programa Remessa Conforme e o estabelecimento, pelo Congresso Nacional, da tributação sobre todas as remessas, independentemente do valor da importação”.

Além da “taxa das blusinhas”, o Fisco também observou um aumento na arrecadação de remessas internacionais acima de US$ 50, tributadas com uma alíquota de importação de 60%. Esse cenário demonstra que a combinação de fatores como a valorização do dólar, a mudança nos hábitos de consumo e a implementação de novas políticas tributárias estão moldando o cenário das compras internacionais no Brasil.

Fonte: http://www.poder360.com.br

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