O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou a liberação de emendas parlamentares nos últimos dias, numa manobra para tentar conter a crescente insatisfação no Congresso Nacional em relação ao decreto do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop) revelam que a reserva de emendas mais que quadruplicou entre a última sexta-feira e esta terça-feira, saltando de R$ 152,1 milhões para R$ 667,4 milhões, um aumento de R$ 515,3 milhões. A informação já havia sido antecipada pelo Poder360.
Embora o montante empenhado represente um avanço, ele ainda corresponde a pouco mais de 1% dos R$ 50 bilhões previstos para serem liberados ao longo do ano. A estratégia, aparentemente, não surtiu o efeito desejado.
A Câmara dos Deputados aprovou, em regime de urgência, um projeto de decreto legislativo (PDL) que visa revogar o decreto de Haddad, demonstrando o forte descontentamento dos parlamentares com a medida. A votação, com 346 votos a favor e 97 contra, escancara a pressão sobre o governo.
O empenho das emendas é o primeiro passo para garantir que os gastos sejam realizados, reservando parte do orçamento para projetos específicos. No entanto, o pagamento efetivo, que representa a liberação dos recursos, ainda é consideravelmente menor, somando apenas R$ 5,1 milhões até o momento.
Fonte: http://www.poder360.com.br