A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), envolvida em controvérsias e alvo de um pedido de extradição, intensificou sua defesa com a contratação de advogados tanto no Brasil quanto na Itália. A medida visa, segundo fontes próximas à parlamentar, protegê-la de uma suposta perseguição política. Zambelli, que estaria na região do Vêneto, enfrenta também um processo de cassação de mandato.
No Brasil, Fábio Pagnozzi, indicado por aliados de Jair Bolsonaro, assumiu a defesa de Zambelli, após a saída de seus representantes anteriores. Paralelamente, na Itália, Pieremilio Sammarco, conhecido por sua atuação em casos de grande repercussão, incluindo a defesa do comediante e político Beppe Grillo, foi contratado. “O objetivo é garantir que todos os recursos legais sejam explorados para proteger os direitos da deputada”, afirmou um membro da equipe de Zambelli.
A estratégia de Sammarco concentra-se em contestar o pedido de extradição junto ao Ministério da Justiça italiano. A dupla cidadania de Zambelli apresenta um obstáculo legal para as autoridades locais, impedindo a prisão imediata. O Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou a extradição, e o nome da deputada foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol.
A inclusão na lista da Interpol, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, autoriza a prisão e eventual repatriação de pessoas procuradas internacionalmente. Zambelli deixou o Brasil em 25 de maio, após sua condenação definitiva pelo STF. A decisão do STF está relacionada à sua participação na tentativa de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em janeiro de 2023.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, Zambelli foi a “mentora intelectual” da operação. O hacker Walter Delgatti Neto, responsável pelo ataque, declarou ter agido sob orientação da deputada. A Polícia Federal apurou que Zambelli efetuou pagamentos a Delgatti, totalizando pelo menos R$ 13,5 mil, reforçando as acusações contra a parlamentar.
Fonte: http://revistaoeste.com