A Polícia Federal (PF) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório detalhando o esquema de espionagem que teria sido operado por uma “Abin Paralela” durante o governo de Jair Bolsonaro. A investigação aponta para o monitoramento de diversas autoridades e figuras públicas, incluindo ministros do STF, políticos e jornalistas.
Entre os nomes que figuram como alvos do suposto esquema estão os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do STF, e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A investigação também revela o monitoramento de jornalistas, ampliando o escopo da apuração.
O relatório da PF, com mais de 800 páginas, detalha o monitoramento de indivíduos considerados opositores políticos do governo Bolsonaro. A investigação também aborda a suposta espionagem contra servidores da Receita Federal que investigaram o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em um esquema de “rachadinha”.
De acordo com a PF, o esquema envolvia a produção de notícias falsas a partir de sistemas da Abin. A investigação é resultado da Operação Última Milha, que apura a atuação de uma organização criminosa responsável pelos monitoramentos ilegais.
Como resultado da apuração, mais de 30 pessoas foram indiciadas, incluindo o filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro (PL-RJ), o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ), e o atual diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Correa. A investigação continua em andamento.
Fonte: http://vistapatria.com.br
