Em sua segunda intervenção na cúpula do G7, realizada em Kananaskis, Canadá, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a implementação de uma taxação sobre as grandes fortunas. Lula argumentou que a medida é essencial para impulsionar investimentos em transição energética e proteção ambiental, especialmente em países em desenvolvimento. A proposta visa mobilizar recursos significativos para enfrentar os desafios sociais e ambientais urgentes.
“A cooperação tributária internacional é outra frente crucial para reduzir desigualdades. Taxar 2% sobre o patrimônio de indivíduos super-ricos poderia gerar US$ 250 bilhões ao ano para enfrentar os desafios sociais e ambientais do nosso tempo”, declarou o presidente, destacando o potencial da medida para gerar um impacto global positivo. Ele também criticou a falta de vontade política para direcionar recursos onde são mais necessários.
Lula apontou que, apesar do aumento de 9,4% nas despesas militares globais no último ano, os países ricos reduziram sua Ajuda Oficial ao Desenvolvimento em 7,1% em 2024. Essa disparidade, segundo o presidente, evidencia uma alocação inadequada de recursos. O presidente ainda lamentou os resultados considerados decepcionantes da COP em Baku, mas manifestou otimismo em relação à COP30, que será sediada em Belém, no Brasil.
Durante o evento, Lula anunciou a criação do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que será lançado na COP30. O fundo tem como objetivo proteger biomas por meio de incentivos positivos, em vez de medidas punitivas. “Estamos desenvolvendo uma ferramenta que nos permitirá proteger esses biomas por meio de incentivos positivos, sem recorrer a medidas punitivas. Vai remunerar os serviços ecossistêmicos que prestamos ao planeta”, explicou o presidente, ressaltando o papel crucial do Brasil na preservação ambiental global.
Fonte: http://www.poder360.com.br
