O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu um revés significativo na Câmara dos Deputados. Parlamentares, inclusive da base aliada, aprovaram em regime de urgência a análise de uma proposta que visa suspender os efeitos do decreto que elevou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Um levantamento do jornal *O Globo* revelou que 65% dos votos favoráveis à urgência partiram de partidos que integram a base governista, ocupando ministérios no governo Lula. Esse resultado demonstra uma divisão dentro da própria coalizão, expondo fragilidades na articulação política do Palácio do Planalto.
A votação, ocorrida na segunda-feira, culminou com 346 votos a favor do requerimento de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/25, de autoria do líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS). Ao todo, 444 parlamentares participaram da votação, com 97 votos contrários à urgência.
Entre os partidos da base, o União Brasil, com três ministérios, contribuiu com 55 votos a favor da urgência. O PSD, também com três pastas, adicionou 40 votos, seguido pelo Republicanos, com uma pasta, que somou 39 votos. MDB (34 votos), PDT (14 votos), PP (39 votos) e PSB (4 votos), todos com representação ministerial, também engrossaram a lista.
O deputado Zucco celebrou a aprovação como um passo crucial para conter o que chamou de “sanha arrecadatória” do governo. Segundo ele, a medida visa impedir que o governo “avance sobre a renda da população e dos setores produtivos, numa tentativa desesperada de aumentar a arrecadação a qualquer custo”. Ele ainda critica o aumento de tributos promovido pelo governo desde o início da gestão.
Fonte: http://revistaoeste.com
