Gasolina Mais Verde: Governo Avalia Aumento do Etanol para Reduzir Dependência Externa

O governo federal planeja elevar a mistura de etanol na gasolina dos atuais 27% para 30%. A proposta será formalmente discutida na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), agendada para a última semana de junho, conforme anunciou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).

Segundo Silveira, a medida tem como objetivo reduzir a dependência do Brasil em relação à importação de gasolina, impulsionando a produção interna de biocombustíveis. A declaração foi feita durante o seminário “Gás para Empregar”, promovido pela Fiesp em São Paulo. “A mudança ajudaria o Brasil a deixar de depender da importação de gasolina e fortaleceria a produção interna de biocombustíveis”, afirmou o ministro.

Ainda em março, o ministro já havia sinalizado a intenção, ressaltando que o país se tornaria independente das compras externas de combustíveis fósseis pela primeira vez desde 2010. A estimativa inicial aponta para uma possível redução de até R$ 0,13 por litro no preço da gasolina.

Silveira enfatizou o impacto positivo no mercado de etanol. “Em 2024, o Brasil importou 760 milhões de litros de gasolina. Agora, com o E30, vamos exportar. Haverá um aumento de 1,5 bilhão de litros por ano na demanda por etanol”, declarou, indicando um novo cenário para o setor.

Além da questão da gasolina, o ministro criticou os preços do gás natural no Brasil, classificando-os como “absurdos” e prejudiciais para indústrias com alto consumo de energia. Ele defendeu o aumento da oferta interna como solução para a redução dos preços, mencionando a alta taxa de reinjeção de gás natural nos poços como um fator limitante.

Silveira também destacou o papel da Petrobras na nova política energética, criticando a prática de reinjeção de gás natural pela estatal. Ele negou qualquer tipo de intervenção na companhia, afirmando que, caso existisse, a Petrobras não estaria tão valorizada. O seminário teve como foco a discussão de propostas para tornar o mercado de gás natural mais competitivo e sustentável.

Fonte: http://www.poder360.com.br

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