As tensões no Oriente Médio atingiram um novo patamar neste fim de semana, com Irã e Israel trocando ataques diretos e acusações de espionagem. O Irã anunciou a prisão de dois indivíduos suspeitos de espionagem para Israel, enquanto ambos os países contabilizam um número crescente de vítimas civis em meio a bombardeios retaliatórios.
A agência estatal iraniana *Irna* reportou que os detidos, presos na província de Alborz, próxima a Teerã, estariam envolvidos na preparação de explosivos e dispositivos eletrônicos. O governo iraniano suspeita que os indivíduos tenham ligações com o Mossad, a agência de inteligência israelense. As autoridades prometeram divulgar mais detalhes sobre as prisões em breve, em um momento de crescente desconfiança mútua.
A escalada militar teve início após Israel lançar bombardeios contra instalações nucleares iranianas na sexta-feira, com o objetivo declarado de impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Em resposta, o Irã disparou mísseis contra áreas residenciais em Israel, resultando em mortes e feridos. A troca de ataques causou uma onda de condenações internacionais e temores de uma guerra regional.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou preocupação com a escalada, advertindo o Irã contra ataques a interesses americanos. “Se formos atacados de qualquer forma pelo Irã, toda a força e o poder das Forças Armadas dos EUA cairão sobre ele em níveis nunca vistos antes”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social. Ele também se ofereceu para mediar um acordo entre Irã e Israel para encerrar o conflito.
Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, classificou os ataques israelenses como “bárbaros” e alegou que visavam sabotar as negociações nucleares com os EUA. Ataques israelenses atingiram instalações de armas e a infraestrutura energética iraniana, enquanto mísseis iranianos causaram destruição e mortes em cidades israelenses, com o número de vítimas aumentando a cada hora. Além disso, os Houthis do Iêmen, aliados do Irã, juntaram-se ao conflito ao atacar o centro de Israel com mísseis balísticos.
Fonte: http://www.poder360.com.br