O ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou forte oposição à recente medida do governo Lula de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A crítica foi publicada em sua conta na rede social X, neste sábado, e reacende o debate sobre a política tributária do país.
Bolsonaro argumenta que a medida representa uma quebra de compromisso com a redução de impostos e, mais grave, penaliza os brasileiros mais vulneráveis. “[A medida] Rompe o compromisso de redução de impostos e penaliza os mais pobres”, declarou o ex-presidente, em referência ao aumento da alíquota do imposto.
A reação de Bolsonaro surge após o anúncio, seguido de um recuo parcial, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre um decreto que elevava o IOF para operações cambiais, como compras internacionais com cartão de crédito. A medida inicial gerou forte reação negativa de diversos setores da economia e da política.
Durante seu governo, Bolsonaro havia assinado um decreto que previa a redução gradual do IOF até sua completa eliminação em 2028, visando alinhar o Brasil às exigências da OCDE. O decreto de Lula, em contrapartida, aplicou uma alíquota fixa de 3,5% a todas as operações de câmbio, revertendo a tendência de queda.
Após a repercussão negativa, o governo isentou transferências de pessoa física e fundos de investimento do aumento, mas manteve a elevação para empresas, remessas e uso de cartão de crédito internacional. Haddad justificou a mudança como uma “correção de rota”, indicando que o governo está atento às críticas.
O aumento do IOF pode ter um impacto significativo na economia, encarecendo o crédito e afetando principalmente a população de baixa renda que depende de financiamentos e empréstimos. Pequenos empreendedores também podem ser impactados, com o aumento das taxas de juros dificultando investimentos.
Empresas que atuam com crédito e câmbio tendem a repassar os custos do aumento do IOF ao consumidor final, o que pode gerar um efeito inflacionário indireto. Além disso, a alta do dólar, influenciada pelo IOF, pode aumentar o preço de combustíveis, eletrônicos e outros produtos importados.
Fonte: http://revistaoeste.com