Novas mensagens atribuídas ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, vieram à tona no Instagram e lançam dúvidas sobre a validade de sua delação premiada. A divulgação do material tem potencial para impactar negativamente o acordo firmado com a Polícia Federal e homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A defesa de Cid, bem como de outros investigados, pode agora se valer dessas mensagens para contestar a colaboração do militar com a Justiça. A alegação seria de que o conteúdo das mensagens indicaria uma possível omissão de informações relevantes ou até mesmo uma versão dos fatos diferente daquela apresentada durante as negociações da delação.
O STF, por sua vez, se vê diante de uma nova pressão. Caso as contestações ganhem força, a Corte poderá ser instada a reavaliar a homologação da delação de Cid. A validade do acordo é crucial para o andamento de diversas investigações que apuram a atuação do ex-presidente e de seus aliados.
Especialistas em direito penal apontam que, se comprovada a má-fé na delação, o acordo pode ser rescindido. “A delação premiada é um instrumento valioso, mas exige total transparência por parte do colaborador. Qualquer indício de omissão ou manipulação pode comprometer a validade do acordo”, explica o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
A expectativa é que as próximas semanas sejam marcadas por intensa movimentação nos bastidores da Justiça, com as defesas buscando explorar ao máximo o potencial explosivo das novas mensagens atribuídas a Mauro Cid. O futuro da delação e seu impacto nas investigações permanecem incertos.
Fonte: http://politepol.com