O deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP) concedeu uma entrevista ao programa Arena Oeste, da Revista Oeste, na qual abordou temas polêmicos da política nacional, desde a atuação do STF até as eleições de 2026. O ex-ministro do Meio Ambiente não poupou críticas e sinalizou a possibilidade de disputar uma vaga no Senado.
Logo no início da conversa, Salles questionou a legitimidade da atuação do STF em relação à regulamentação das redes sociais, classificando a proposta como uma tentativa de censura. “É claramente uma ação para controlar as redes, para censurar a opinião pública”, disparou o deputado, elevando o tom contra o judiciário.
Além disso, Salles teceu duras críticas ao ativismo judicial, argumentando que o Supremo impede o Congresso de exercer seu papel e cerceia a liberdade de expressão dos brasileiros. Ele também rechaçou as comparações entre governos em relação ao desmatamento na Amazônia, negando a narrativa de que gestões de direita são inerentemente mais danosas ao meio ambiente. Para Salles, o principal inimigo do meio ambiente é a pobreza.
O deputado explicou sua saída do PL e filiação ao Novo, alegando sabotagem à sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo por setores ligados a Valdemar Costa Neto. Salles também criticou a aproximação do PL com a gestão de Ricardo Nunes e expôs a divisão interna do partido entre bolsonaristas e um grupo que chama de fisiológico, próximo ao PT.
Ao projetar as eleições de 2026, Salles indicou que poderá concorrer ao Senado caso Jair Bolsonaro dispute a presidência. Ele também defendeu uma agenda liberal, com privatizações e corte de emendas parlamentares, e condenou o que considera excessos nos processos judiciais contra figuras da direita, incluindo a condenação da deputada Carla Zambelli. “Eu voto contra a cassação”, afirmou Salles, demonstrando apoio à parlamentar.
Salles finalizou a entrevista reiterando sua oposição ao “esquema do Centrão” e defendendo uma lei de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. “Se for para jogar o jogo como o Centrão joga, eu prefiro estar fora”, concluiu, sinalizando que não pretende se aliar a práticas que considera antiéticas na política.
Fonte: http://revistaoeste.com