O Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de São Paulo assumiu a investigação das graves ameaças de morte e estupro dirigidas a todas as deputadas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A Delegacia de Crimes Cibernéticos (DCCIBER) será responsável por conduzir o inquérito, focando na identificação dos autores por trás dos e-mails ameaçadores.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que as diligências para identificar os responsáveis já estão em andamento. Detalhes específicos estão sendo mantidos em sigilo para garantir a autonomia do trabalho policial e evitar o comprometimento das investigações. Até o momento, nenhuma prisão foi efetuada.
As ameaças, que incluem violência sexual, lesão corporal grave, maus-tratos a animais, estupro coletivo e feminicídio, além de conteúdo racista, motivaram as parlamentares a protocolarem uma notícia-crime. O documento solicita uma apuração rigorosa das ameaças misóginas e racistas, que também mencionam tentativas de invasão à Alesp com o uso de força armada.
Um suspeito de 28 anos, apontado como o remetente dos e-mails, está sendo investigado pela polícia. No entanto, ele alega inocência, afirmando que seus dados foram utilizados para incriminá-lo. Computador e celular do suspeito foram apreendidos para perícia.
“Nossa expectativa é que a Polícia chegue logo ao autor ou autores desse crime, pois seguimos trabalhando, naturalmente expostas pela atividade pública que desempenhamos, e quase duas semanas depois, ainda não temos respostas”, declarou a deputada Andréa Werner, líder do PSB, em nota.
Em resposta às ameaças, a Alesp iniciou um levantamento dos pontos vulneráveis de segurança do prédio, com o objetivo de criar um documento a ser entregue pelas forças policiais à presidência da Casa. A Alesp assegura que reforçou os protocolos de segurança e acionou as polícias militar e civil para apuração completa do caso, reafirmando seu compromisso com a segurança de todos os que atuam no parlamento.
Adicionalmente, a deputada Beth Sahão (PT) solicitou que a Polícia Federal também investigue o caso, e um promotor de Justiça foi designado pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo para acompanhar as investigações. A Polícia Federal já abriu inquérito sobre o caso após o recebimento do email.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br