A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (11), a Operação Código 451, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na falsificação de diplomas. A ação, que se estendeu por 11 estados e o Distrito Federal, revelou um esquema que permitia a obtenção fraudulenta de registros em conselhos profissionais, impulsionando o exercício ilegal de diversas profissões, inclusive na área da saúde.
As investigações apontam que o grupo criminoso produzia e comercializava diplomas e históricos escolares falsificados, conferindo-lhes uma aparência oficial para simular a conclusão de cursos de ensino superior em diversas áreas. Entre os cursos mais visados pelos fraudadores estavam Direito, Psicologia, Engenharias, Biomedicina, Fisioterapia, Educação Física e Administração.
De acordo com a PF, os documentos falsos eram utilizados para a obtenção de registros em conselhos de classe, como a OAB e o CREF. Isso possibilitava que indivíduos sem a qualificação necessária pudessem atuar profissionalmente, colocando em risco a segurança e o bem-estar da sociedade.
Para dar credibilidade ao esquema, o grupo criminoso criou um site fraudulento que simulava um ambiente oficial de verificação de diplomas universitários. O site foi bloqueado por ordem judicial, após ser constatada a violação de leis federais. Ao menos 33 diplomas falsificados já foram vinculados ao site, que era usado para convencer os conselhos de classe da autenticidade dos documentos.
A Operação Código 451 cumpriu 26 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo o Litoral do Paraná (Paranaguá), Goiás (Goiânia, Rio Verde, Luziânia), Minas Gerais (Belo Horizonte, Contagem, Barbacena, Unaí), São Paulo (capital), Rio de Janeiro (Duque de Caxias), Ceará (Fortaleza), Bahia (Salvador), Piauí (Colônia do Gurgueia), Mato Grosso do Sul (Campo Grande, Cassilândia), Rio Grande do Norte (Natal) e Distrito Federal (Asa Norte, Asa Sul, Águas Claras, Vicente Pires, Sudoeste). Durante a operação, uma pessoa foi presa em flagrante no Piauí por posse ilegal de arma de fogo modificada.
Fonte: http://massa.com.br
