O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), esquivou-se de comentar diretamente a ordem de prisão preventiva decretada contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão judicial gerou grande expectativa por uma manifestação oficial do comando da Câmara.
Motta justificou sua hesitação em emitir uma declaração imediata, afirmando que busca um embasamento técnico sólido antes de se pronunciar sobre a delicada questão. Durante o Fórum Parlamentar do Brics, o presidente da Câmara garantiu que apresentará um posicionamento oficial “até o final” do dia.
“A equipe técnica do jurídico da Câmara está se reunindo para ver quais são as próximas etapas que deveremos cumprir acerca da decisão dada pelo Supremo Tribunal Federal”, declarou Motta. Ele ressaltou a importância de agir com responsabilidade, especialmente diante da ausência de precedentes semelhantes na história da Casa.
A decisão de Moraes foi motivada pelo anúncio de que Zambelli havia deixado o Brasil, após ser condenada a 10 anos de prisão por invasão de sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica. Além da ordem de prisão, o ministro determinou a inclusão da deputada na lista vermelha da Interpol e o bloqueio de seus bens e contas.
Adicionalmente, Moraes impôs uma multa diária de R$ 50.000 caso Zambelli publique conteúdos que reincidam em condutas criminosas. O ministro também notificou a Câmara para suspender o salário da deputada, uma solicitação que ainda aguarda resposta por parte de Hugo Motta.
Fonte: http://www.poder360.com.br