Em visita oficial à França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou suas críticas à atuação de Israel na Faixa de Gaza, classificando as ações militares como um “genocídio premeditado”. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Paris, ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron.
Lula não poupou palavras ao descrever as operações israelenses, afirmando que representam “um genocídio premeditado de um governante de extrema direita que está fazendo uma guerra, inclusive, contra os interesses do seu próprio povo”. Embora não tenha mencionado diretamente o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a crítica foi contundente.
O presidente brasileiro elevou o tom ao descrever os eventos em Gaza como um “massacre de civis”, diferenciando a situação de uma guerra convencional. “Não é uma guerra, mas um genocídio promovido por um Exército altamente preparado contra mulheres e crianças”, declarou, evidenciando a gravidade de sua avaliação.
Diante do cenário, Lula cobrou uma reação mais enérgica da comunidade internacional frente à ofensiva israelense, lamentando o que considera um silêncio global diante do “genocídio”. Ele também reiterou sua defesa pela expansão do Conselho de Segurança da ONU, sugerindo a inclusão de países como Alemanha, Japão e Índia, visando modernizar o papel da organização.
As declarações de Lula ocorrem em um contexto de crescente tensão diplomática entre Brasil e Israel. Em fevereiro, o presidente já havia comparado a ofensiva israelense à perseguição dos judeus na Segunda Guerra Mundial, gerando forte reação do governo israelense, que o declarou *persona non grata* e retirou seu embaixador de Tel Aviv. A crise diplomática permanece sem solução, com as relações bilaterais mantidas em nível inferior.
Fonte: http://revistaoeste.com
