Às vésperas das eleições, o governo Lula reacende o debate sobre a regulamentação das redes sociais no Brasil, intensificando o discurso em prol de um controle mais rigoroso. A medida surge em um contexto de crescente desgaste da imagem do governo e de uma notável perda de alcance digital, especialmente em comparação com o avanço da direita no espaço online.
O argumento central do governo é a necessidade de combater a desinformação e proteger a democracia. No entanto, críticos apontam que a proposta surge em um momento em que a esquerda perdeu terreno no debate público online, enquanto a direita consolidou sua presença e influência nas redes. Essa mudança de cenário levanta suspeitas sobre as reais intenções por trás da regulamentação.
A proposta de ‘regular as redes’ é vista por muitos como uma tentativa de limitar críticas e censurar opositores, buscando recuperar o controle perdido através de mecanismos institucionais. A falta de transparência e a centralização do poder de decisão no Estado alimentam ainda mais essa desconfiança. Como afirma um analista político, ‘a cultura da liberdade digital está enraizada, e qualquer ameaça a ela, mesmo sob pretextos nobres, soa como autoritarismo’.
A iniciativa do governo Lula levanta questionamentos sobre a disposição do país em aceitar restrições à liberdade de expressão em um momento em que a diversidade de vozes se intensifica. Resta saber se a aposta na regulamentação encontrará ressonância na sociedade brasileira, ou se será interpretada como um retrocesso no direito à livre manifestação de pensamento.
Fonte: http://www.conexaopolitica.com.br