A oposição no Senado manifesta forte resistência ao projeto de anistia articulado pelo presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (União-AP). Em entrevista, o vice-líder da oposição, senador Magno Malta (PL-ES), criticou duramente a proposta, afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro se opõe a qualquer tipo de manobra nesse sentido.
Malta enfatizou que a posição da direita no Senado é clara e objetiva: “O que queremos é anistia irrestrita e imediata para quem não cometeu crime algum”. Essa declaração explicita a divergência em relação à proposta de Alcolumbre, que, segundo o senador, distorce a realidade dos fatos.
O senador capixaba argumenta que a ideia de reduzir penas para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro contraria a essência da anistia. “Esse projeto paralelo que está sendo articulado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, simplesmente não faz sentido”, disse Malta. “Não estamos pedindo redução de pena para ninguém. Não há pena a ser reduzida, porque não houve crime.”
Para Malta, a legislação já prevê punições adequadas para atos isolados, tornando desnecessária a criação de exceções políticas. Ele minimiza os atos de 8 de janeiro, alegando que “no máximo, houve vandalismo e, para isso, já existem punições previstas em lei”.
O senador também defendeu os detidos por envolvimento nos atos, argumentando que muitos foram surpreendidos na Praça dos Três Poderes e não cometeram crimes. Diante desse cenário, Malta nega qualquer negociação com Alcolumbre e descarta a possibilidade de apoio futuro ao projeto. Enquanto isso, na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) sinaliza alinhamento com a proposta de Alcolumbre, indicando um possível acordo entre os Poderes.
Fonte: http://revistaoeste.com
