A Coreia do Sul se prepara para eleições presidenciais cruciais na próxima terça-feira, 3 de junho de 2025. O pleito foi desencadeado pelo impeachment do ex-presidente Yoon Suk-yeol, do Partido do Poder Popular (PPP), após a polêmica imposição de lei marcial em dezembro de 2024. A ausência de um vice-presidente no sistema sul-coreano exigiu a convocação imediata de novas eleições.
Seis candidatos disputam a Presidência em um turno único, apresentando um leque diversificado de ideologias e propostas. Entre os concorrentes estão Lee Jae-myung (Partido Democrata), Kim Moon-soo (PPP) e Lee Jun-seok (Novo Partido da Reforma), além de Kwon Young-guk (Partido Democrático Trabalhista) e os independentes Hwang Kyo-ahn e Song Jinho.
As pesquisas de intenção de voto apontam para uma disputa acirrada, com Lee Jae-myung liderando as preferências após ter sido derrotado por Yoon Suk-yeol em 2022. Kim Moon-soo surge em segundo lugar, seguido de perto por Lee Jun-seok, indicando um cenário eleitoral incerto e passível de reviravoltas.
Lee Jae-myung, 60 anos, busca capitalizar sua experiência como prefeito de Seongnam e governador de Gyeonggi. Apesar de enfrentar acusações de favorecimento ilícito e declarações falsas, o democrata se apresenta como um defensor do combate à desigualdade e da reaproximação com a Coreia do Norte. “São acusações com motivações políticas”, declarou Lee, negando irregularidades.
Kim Moon-soo, 71 anos, traz consigo um histórico de ativismo trabalhista e luta contra o regime militar. Com propostas de desregulamentação empresarial, redução de impostos para a classe média e investimento em energia nuclear, Moon-soo defende uma postura firme em relação à Coreia do Norte e uma aliança estratégica com os Estados Unidos.
Lee Jun-seok, o mais jovem entre os principais candidatos, aos 40 anos, ascendeu rapidamente na política como presidente do PPP. Após ser absolvido de acusações de envolvimento em um escândalo sexual, Jun-seok fundou o Partido da Reforma e propõe uma agenda de desregulamentação, salários diferenciados para estrangeiros e alinhamento com EUA e Japão em contraposição à China e Coreia do Norte.
Fonte: http://www.poder360.com.br