A contratação de Carlo Ancelotti pela seleção brasileira, outrora vista como uma tábua de salvação para o futebol nacional e um trunfo para a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF, sofreu uma reviravolta surpreendente. O técnico italiano, aguardado para liderar a equipe rumo à redenção após anos de resultados aquém do esperado, herda um cenário de instabilidade institucional.
Ednaldo Rodrigues, que havia anunciado a chegada de Ancelotti com pompa, agora se vê afastado da CBF. Em suas declarações à época, Rodrigues expressou a crença de que Ancelotti, “o maior técnico da história”, lideraria o Brasil a “recuperar o lugar mais alto do pódio”. No entanto, o futuro do futebol brasileiro tomou um rumo inesperado.
A trajetória até a contratação de Ancelotti foi sinuosa, marcada pela breve passagem de Fernando Diniz como interino e pela busca por um nome de peso no mercado internacional. A efetivação de Dorival Jr., seguida por sua saída, pavimentou o caminho para o acordo com o técnico italiano, mas a dança das cadeiras na CBF lançou dúvidas sobre a estabilidade do projeto.
Agora, Ancelotti se depara com um novo comandante: Samir Xaud, um nome relativamente desconhecido no cenário nacional, eleito para liderar a CBF. Xaud, médico de formação e com laços familiares no futebol roraimense, assume o cargo a pouco mais de um ano da Copa de 2026, com a missão de conduzir a seleção em um período de transição.
A ironia da situação não passou despercebida. O torcedor, que depositava suas esperanças em Ancelotti para resgatar o orgulho do futebol brasileiro, testemunha uma reviravolta nos bastidores, levantando questionamentos sobre a capacidade de o treinador trabalhar em um ambiente tão turbulento. Resta saber se, diante da “bagunça”, Ancelotti manterá seu compromisso e conseguirá implementar sua visão no comando da seleção.
Fonte: http://esporte.ig.com.br