A deputada federal Rosângela Moro (União-SP) causou surpresa ao propor a inclusão de pais de bebês reborn no Sistema Único de Saúde (SUS). A sugestão, apresentada durante uma audiência pública sobre saúde mental materna, visa oferecer apoio psicológico e acompanhamento para esses indivíduos. A proposta, no entanto, já enfrenta críticas e levanta questionamentos sobre a priorização de recursos no sistema público de saúde.
A justificativa da deputada reside no crescente número de adultos que dedicam tempo e afeto aos bebês reborn, bonecas hiper-realistas que simulam recém-nascidos. Para Moro, essa prática, embora não convencional, pode indicar uma necessidade de suporte emocional. “É uma forma de lidar com a maternidade/paternidade frustrada, com o luto ou com a solidão”, argumentou a parlamentar durante o evento.
Embora a intenção seja amparar aqueles que encontram conforto nos bebês reborn, especialistas em saúde pública manifestam preocupação com a viabilidade e a pertinência da proposta. Afinal, o SUS já enfrenta desafios significativos para atender às demandas básicas da população. Priorizar um grupo específico, ainda que necessitado, pode gerar debates acalorados sobre a alocação de recursos limitados.
O debate reacende a discussão sobre a abrangência do conceito de saúde e o papel do Estado no amparo emocional da população. Resta aguardar os próximos passos da proposta e os desdobramentos dessa polêmica iniciativa no cenário político e social brasileiro. A complexidade do tema exige uma análise aprofundada para garantir que as decisões tomadas beneficiem a sociedade como um todo.
Fonte: http://politepol.com
