A equipe da ex-candidata à Prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml, divulgou uma nota à imprensa na última quarta-feira (08) em que comenta o parecer emitido pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), no âmbito da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) nº 0600403-84.2024.6.16.0175. O documento, datado de 7 de maio, pede a cassação do prefeito eleito Eduardo Pimentel (PSD) e do vice-prefeito Paulo Martins (PL), além da inelegibilidade de outros envolvidos, sob acusação de abuso de poder político durante as eleições de 2024.
Segundo a nota de Graeml, o parecer do MP valida as denúncias feitas por ela ao longo da campanha, apontando que sua candidatura — e os eleitores de Curitiba — teriam sido vítimas de um esquema “antiético e criminoso” arquitetado para manipular a vontade popular. O texto acusa diretamente a campanha de Pimentel de coagir servidores públicos, praticar manipulação financeira e disseminar informações falsas para garantir a vitória nas urnas.
O Ministério Público detalhou que o então superintendente de Tecnologia da Informação da Prefeitura, Antônio Rebello, teria exigido que servidores comissionados comprassem convites para um jantar do PSD no valor de R\$ 3 mil, com os pagamentos feitos em nome de terceiros. Áudios e relatos indicariam ameaças explícitas de exoneração caso os funcionários se recusassem a colaborar. O MP entende que Pimentel, ainda que não tenha ordenado diretamente os atos, foi o beneficiário direto da conduta abusiva e falhou em seu dever de vigilância.
Na nota, Graeml agradece aos seus eleitores e militantes pela confiança em sua proposta de uma política honesta. “Vocês são a alma desta luta”, afirma, mencionando que gravações e documentos reforçam as acusações contra a campanha adversária. Àqueles que votaram em Pimentel, a ex-candidata faz um apelo ao diálogo e à reflexão, ressaltando que “uma democracia saudável exige transparência e igualdade”.
Cristina também demonstra confiança na atuação da Justiça Eleitoral e afirma que continuará firme em sua luta, “amparada pela força da verdade” e pela confiança da população. O caso agora será julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que poderá decidir pela cassação dos mandatos e até pela convocação de novas eleições na capital. Eduardo Pimentel, por sua vez, declarou que repudia qualquer forma de coação a servidores e acredita que o caso será arquivado.